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Qual melhor linguagem ou IDE de desenvolvimento?
- 21 de agosto de 2009
- Posted by: Adriano Santos
- Category: Tutoriais
Resumidamente: “Que linguagem de desenvolvimento devo usar?”, “Qual linguagem está no top das preferências?”, “Por onde devo começar?”, “Migro ou não migro meu sistema legado?”. Enfim, na minha humilde opinião todas as perguntas se resumem a uma única dúvida:
“Qual linguagem [ou – Qual tecnologia] devo usar para ter sucesso em minha carreira [ou empresa]?”.
Pois bem, falar de tecnologia a uma altura dessas é judiar do peão, como dizia um amigo meu. Mas vamos lá, um dia teria que enfrentar isso mesmo.
Costumo dizer que cai de paraquedas no mundo da tecnologia, da informática. E pior, ele estava fechado e o reserva já tinha ido pro espaço. Verdade, iniciei minha carreira de desenvolvedor em 1998 quando fiz meu primeiro curso de programação: 40h de Delphi 3.0 da Impacta Tecnologia, Av. Paulista, SP. Pouco antes disso, meu pai me enchia a paciência pra fazer qualquer cursinho de informática. E lá fui fazer MS-DOS, Windows 3.1, PowerPoint, Word, Excel, CorelDRAW 4.0, PageMaker, aliás Audus PageMaker (rs) e, como fiz amizade com a professora, Access. Um belo dia de verão me veio a cabeça, olhando para o CorelDRAW, a seguinte dúvida:
“O que será que tem por de trás de cada botãozinho desses da tela?”
Lá vai o office-boy perguntar ao analista de sistemas da empresa o que precisava saber para criar programas. Aprenda Delphi, disse o analista. E cá estou.
O que essa estorinha tem a ver com tudo isso? Tudo. Cresci trabalhando com Delphi, mas, acreditem, precisei programar em ASP (o antigo ASP, lembram-se das tags <% e %>?) e depois em PHP. Isso porque precisava criar um site para um cliente muito chato. Fui dar aulas de informática tempos depois e o dono da escola pediu para que ministrasse aulas de Visual Basic 5.0. Abracei a causa, claro.
O que tirei de tudo isso?
Cheguei a conclusão que cada linguagem, tecnologia ou IDE tem o seu propósito e é por isso que é difícil escolher uma. Graças a Deus e a minha insistência em estudar de tudo, acabei não caindo na onda de tantos desenvolvedores hoje em dia: o xiitismo. Sem vergonha de dizer, acho isso péssimo para a imagem do profissional. Somos profissionais de tecnologia, vendemos soluções e não linguagens ou IDE’s. Se meu cliente quer uma aplicação para rodar no PocketPC e a IDE/Linguagem que trabalhamos não nos proporciona isso, vamos perder o negócio? Nada disso, vamos lá: em o que dá pra desenvolver “bem” e “rápido”? Java, C#, C++, Delphi? Não importa. O que importa é prover a solução, vender. Deixe sua paixão em casa, pelo menos por enquanto.
Poderia me arriscar a responder que a melhor linguagem de desenvolvimento hoje é Delphi, minha paixão. A minha resposta nesse momento poderia até ser a correta, mas por quanto tempo? Ou melhor: por quantas twittadas? Já que a unidade de medida no mundo da tecnologia muda a toda hora. Nunca vamos saber.
A verdade é que a tecnologia da informação mudou muito e tem mudado constantemente. São inúmeras as siglas e nomenclaturas que circulam na internet. Em relação a linguagem, específicamente falando, eu sempre respondo com a seguinte frase:
“A melhor linguagem é aquela que você domina.”
Mas também não é a mais correta com base no que eu mesmo disse. Dinamismo total, esse é o ponto. Conhecer intermediariamente [essa palavra nem deve existir, rs] cada linguagem, cada tecnologia, acaba dando ao profissional de TI, hoje, uma chance a mais no mercado de trabalho. Verdade, posso dizer isso com total convicção.
O Delphi 2010 e o Delphi Prism estão ai, prontos. Cheios de novidades, cheios de novas oportunidades. Junto com eles chegam o Visual Studio 2010, C# 4.0 e Framework 4.0, sem mencionar Java que está em constante evolução.
Acho que a dica mais importante para quem está iniciando nesse mundo é: leia. Leia muito e não seja xiita. Especialize-se em uma determinada tecnologia, mas não se esqueça das demais. Um dia você pode vir a precisar, e vai precisar. Trabalho hoje como gerente de desenvolvimento em uma empresa em SP e acreditem, tudo que estudei está sendo importatíssimo para tomada de decisões. Um dia você precisa escolher a linguagem, no outro o banco de dados, no outro o protocolo de comunicação, no outro…sem comentários.
Revista técnica, blogs, livros, internet, Google é o que não faltam para se informar. Então, informe-se e forme-se. Corra atrás. Aliás, aprendi com um colega de faculdade um aprendizado bem interessante que é:
Corra na frente! Pois se você “corre atrás, é porque já tem alguém na sua frente”.
Então repita o mantra: Corra na frente, corra na frente, corra na frente.
Um forte abraço a todos e sucesso
Adriano Santos
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O que tem que saber bem mesmo é o básico. O que é o básico? São coisas que você utilizará em qualquer linguagem. Orientação a objetos, e por ai vai.
Muito bom Adriano … O que realmente importa é o cliente satisfeito, não importa qual ferramenta, linguagem ou IDE seja usada.
Melhor ainda é aproveitar o que cada uma tem de bom e transformar isso em beneficios para nossa empresa e nossos clientes.
Valews
Olá,
Gostei do assunto, mas tenho uma observação:
No texto você escreveu:
” Se meu cliente quer uma aplicação para rodar no PocketPC e a IDE/Linguagem que trabalhamos não nos proporciona isso, vamos perder o negócio? Nada disso, vamos lá: em o que dá pra desenvolver “bem” e “rápido”? Java, C#, C++, Delphi? Não importa. O que importa é prover a solução, vender. Deixe sua paixão em casa, pelo menos por enquanto. “
Nesse caso temos um problema, que é desenvolver rápido sem utilizar os recursos e/ou capacidades tecnológicas da linguagem em questão.
Aliás, é exatamente o que acontece hoje em dia, inclusive com o próprio Delphi.
As pessoas utilizam o Delphi conectado a um BD, e só carregam os dados, fazem insert etc. Mas não fazem uso de Classes e afins. Não criam funções e muitas vezes jogam punhados de códigos em eventos do Objeto (como um TButton por exemplo), repetidademente ao longo do código.
Bem, fora isso gostei do artigo!
Abraços,
Matheus. (matheus_nab@hotmail.com)
Concordo com tudo, porém acrescento que além de ter um conhecimento amplo é imprescindível que o profissional seja ético. Ultimamente está faltando isso na nossa área.
Show de bola as ponderações.
É pura verdade.
Fanatismo não contribui para nada.
Paixão é algo que não combina com soluções, seja soluções de tecnologia ou de custos para o cliente.
Rogério M. Souza
souzarm@caixapostal.com.br
http://www.souzarm.co.cc
Eu costumo dizer que existe uma linguagem com uma facilidade especial para cada caso, uma para cada propósito, mesmo assim nada te impede de fazer um game em pythom, um ERP em PHP com GTK ou um cliente de e-mail em Assembly. Qualquer linguagem e todas elas podem servir para qualquer coisa, basta tempo e criatividade. Além disso hoje existem misturas entre as linguagens e tecnologias que vão além da imaginação. Então, se um programador iniciante perguntar o que ele deve aprender, eu diria:
1) Saber interpretar o que os usuários pedem, saber se comunicar
2) Matemática
3) Lógica
4) POO, Design Patterns e melhores praticas
O resto é decoreba de comandinho
Olá, adorei o post, concordo também, Bjo Michelli
Adriano, você soube separar bem o pragmatismo do xiitismo que existe em termos de desenvolvimento de software. Isto reforça ainda mais a idéia de que, em T.I., nada é absoluto e tudo é relativo. Excelentes colocações. Não teria escrito melhor. Parabéns!
Rubem Nascimento
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a pessoa deve sempre estar preparada para mudanças