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Games em Delphi – Sonhando com milhões??

  • 21 de outubro de 2014
  • Posted by: Adriano Santos
  • Category: Notícias
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Games em Delphi
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Já imaginou ganhar milhões de dólares com a venda de um joguinho viciante no Google Play e AppStore? Pois eu já pensei e continuo pensando ;). Aqui na TDevRocks cremos que uma boa fatia dos desenvolvedores hoje em dia pensa e sonha com isso. Pensa e sonha com Games em Delphi. Mas há uma diferença entre permanecer sonhando e colocar o sonho para trabalhar por você. É certo que tanto o Google Play quanto a AppStore são quase uma loteria.

Atualmente são mais de 300 mil aplicativos no Play e quase 1 milhão na AppStore, então destacar-se entre esse mar de aplicativos não é uma coisa, digamos, fácil. Entretanto, já há muitos desenvolvedores brasileiros se aventurando nesse mundo. É o caso de Michel Augusto Feldman, desenvolvedor e bastante criativo. Ele já possui dois jogos publicados e aprovados no Google Play. A grande surpresa disso nem é exatamente o fato de ter o game publicado, mas sim a linguagem.

Tanto The 19 Seconds quando FlapyMix são desenvolvidos em Delphi, linguagem desenvolvimento bastante robusta mantida pela Embarcadero Technologies. Essa semana estreamos a série Games em Delphi, onde conheceremos diversas aplicações desenvolvidas em Delphi já prontas para consumo final pelo usuário.

A equipe de TDevRocks contatou Michel e entrevistou o autor para a coluna Games em Delphi indagando-o sobre as principais questões no desenvolvimento de ambos os games. Confira abaixo:

 

Games em Delphi – Entrevista

TDevRocks: Michel, o Delphi possui suporte ao iOS desde a versão XE2 com um salto na XE3 para XE4. Já o suporte ao Android surgiu no XE5. Em qual versão você iniciou e em qual versão concluiu o desenvolvimento de seus games?

Michel Augusto: Comecei desenvolvendo pra mobile na versão XE5, e nela permaneço. Ainda não tive oportunidades de testar as novas versões, e a versão XE5 por enquanto supre as minhas necessidades. Muita coisa ainda tenho que aprimorar, como um melhor suporte adaptativo de telas multidevice, porém, como não desenvolvo fulltime, aplicações mobile, acabo estudando com o tempo.

TDevRocks: Quanto tempo em média você levou para desenvolver cada aplicativo/game?

Michel: Bom, isso variou mais pelo meu tempo livre do que propriamente pelo próprio desenvolvimento.
O FlappyMix, por exemplo, foi o jogo que mais tomou meu tempo, perto de 3 semanas entre várias versões, testes e produto final (nesse caso cheguei a trabalhar até a noite para desenvolvê-lo).
Já o 19 segundos foi muito mais simples. Finalizei ele em 3 dias. Quanto aos outros apps (não mencionados), a dificuldade foi maior. O ActionNFe Web é um app para emissão de NF-e e NFC-e que funciona em conjunto com o sistema que trabalho na minha empresa, e como possui uma complexidade maior, levou perto de dois meses, haja vista que dependia de outros detalhes externos a ele. O BoletoGet, um app pago que captura o código de barras de bloquetos e envia para o computador automaticamente para pagamento em internet banking sem uso de leitor de código de barras, levei pouco menos de uma semana.
TDevRocks: Sabemos que há inúmeras outras ferramentas que prometem o desenvolvimento rápido de aplicativos para iOS e Android no mercado. O que levou você a usar o Delphi?
Michel: Sim, existem outras ferramentas no mercado, com suas particularidades. Tanto que possuo mais dois aplicativos na Play Store que desenvolvi usando outra ferramenta, inclusive usei ela antes de migrar pro Delphi XE5. Mas ela é muito limitada, e como já desenvolvo em Delphi desde 1998 (comecei no Delphi 4), foi muito rápido o aprendizado e desenvolvimento Delphi para Mobile.
TDevRocks: O Delphi, assim como o C++, vem sendo amplamente atualizado para incluir o máximo de compatibilidade com  Android, iOS, internet das coisas, etc. Qual sua expectativa para as novas versões do Delphi?
Michel: Pelo menos na versão XE5, todo programa compilado com Delphi para android possui uma limitação de compatibilidades de aparelhos com suporte ao NEON. Não sei como está nas novas versões, e nunca estudei a fundo para saber se essa limitação pode ser superada pelo compilador do Delphi futuramente. Mas se essa gama de aparelhos compatíveis fosse aumentada, seria muito interessante. E a Internet das Coisas, pra mim, é o futuro. Você poder, pelo celular, controlar algum ‘hardware externo’, como sua máquina de lavar roupa, por exemplo, é fantástico. Se o Delphi estiver indo por esse caminho, para ter esse suporte, tenho certeza que será um salto gigantesco para qualquer desenvolvedor.

TDevRocks: Outro tema muito procurado e questionado pela comunidade Delphi é quanto ao tamanho final dos aplicativos. A comunidade está curiosa: como você conseguiu finalizar ambos os aplicativos com uma média de 15Mb? Alguma dica especial para todos?

Michel: Bom, o FlappyMix, por exemplo, é um app que possui algumas imagens e sons compilados juntos, e mesmo assim o APK final deu algo um pouco maior que 7 mb. Porém, essas imagens e sons tento deixar no menor tamanho possível antes da compilação. Uma dica que dou é não colocar imagens muito grandes, pois essas imagens aumentarão em muito o tamanho final do aplicativo. Tente usar shapes ou similar ao invés de imagens, e se for usar imagens use jpg no lugar de bmp. E, quando seu aplicativo estiver pronto para ser enviado a Play Store, ao mudar de modo Debug para Release, o próprio Delphi se encarregará de diminuir o máximo o pacote final. Fora isso não fiz nada em especial.

 

Agradecimentos

Agradecemos a disponibilidade de Michel Augusto em nos atender. Caso você, leitor, tenha algum aplicativos já publicado no Google Play ou AppStore e desenvolvido em Delphi ou C++, por favor nos contate e conte-nos sua história. Entre em contato com nossa redação em tdevrocks@tdevrocks.com.br

 

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Author: Adriano Santos

Adriano Santos é especialista em linguagens de desenvolvimento, Embarcadero MVP, possui +1000 artigos e vídeo-aulas publicadas em revistas e websites especializados, ex-editor chefe das revistas ClubeDelphi e WebMobile. Atualmente Diretor de Operações na startup GET IT! Technology e Consultor Senior na Embarcadero do Brasil.